sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Resenha do filme A guerra do fogo


Antes de existir várias teorias a respeito da evolução, havia uma visão que predominava sobre a criação do homem: a hebraica cristã. O livro de gênesis relata:

Deus disse: “Façamos o homem a nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra”. Livro da Gênesis, Bíblia.

Essa visão teocêntrica, criacionista, é carregada de dogmas, e tem a necessidade da fé para acreditar. O estudo dessa visão fica a caráter da teologia (Teologia, no sentido literal, é o estudo sobre Deus, theos, "Deus"; + logos, "palavra", por extensão, "estudo". Como ciência tem um objeto de estudo: Deus. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação. No Cristianismo isto se dá a partir da revelação de Deus na Bíblia. Por isso, também se define teologia como um falar a partir de Deus): Retratada por S.Agostinho em seu estudo sobre a teologia (teologia natural) : a cosmologia fala que, a matéria foi, a princípio, criada por Deus, que lhe depôs no seio os germes específicos de todos os seres. Estes germes, em condições favoráveis, desenvolvem-se na sua plenitude específica. A criação foi, pois, instantânea. A narração dos seis dias não implica distinção ou sucessão de tempo, mas apenas exposição doutrinal das diferenças espécies de criaturas dispostas segundo seis graus de perfeição. Deus não é o tempo, o qual é uma criatura de Deus: o tempo começa com a criação. Já em São Tomás de Aquino o homem surge da união da alma com o corpo; A alma, princípio imaterial, une-se ao corpo como a forma à matéria, o ato à potência, formando um composto substancial. Da alma recebe o corpo a existência, a vida e todas as outras perfeições. Do corpo recebe a alma, que é substância incompleta, o complemento natural de sua natureza e o material necessário ao pleno desenvolvimento de sua atividade. A natureza e a existência da alma foi tema de grandes discussões na época das grandes navegações, que, trouxe conseqüências nas culturas indígenas, pois, os colonizadores acreditavam que eles não a possuíam, eles eram animais, seres da floresta, um mero caminho entre a animalidade e a humanidade, levavam uma existência infeliz e miserável, eram preguiçosos, viviam com eterno pavor do sobrenatural, eram atrasados, estúpidos, de uma simplicidade brutal, eram movidos por uma criminalidade congênita, para dar-lhes uma alma era necessário catequizá-los. Depois da visão agostiniana e tomista, passa a ter a existência do homem um caráter reflexivo e racionalista com Descartes, criticista com Kant e histórica com Hegel, ele também dá ao homem negro um caráter de coisa, objeto de pouco valor.
Sendo a antropologia, (estuda o homem como espécie), uma ciência ocidental, tem por fundamento uma representação da concepção do homem sobre a perspectiva do ocidente, que possui forte influência do cristianismo, pela condição histórica da Igreja Católica. Como toda ciência, possui uma natureza zetética, tem seu objeto, método e aplicações, fugindo de conceitos e valores baseados no senso comum, pois podem acabar estabelecendo estereótipos, carregados de juízos de valor, criando até preconceitos. Cabe ao antropólogo se isentar dos valores produzidos, impostos ou condicionantes dos “aparelhos ideológicos do Estado”, Louis Althersser, seja ele, a igreja (religioso), a escola (educacional), jurídico, político, sindical (Estado) ou sua própria família (grupo ao qual pertence), para poder produzir ciência. Luiz Henrique Passador relata acerca do campo da antropologia:

O campo da antropologia: “... é na cultura ocidental que se constitui uma ciência que sistematiza as formas de conhecimento acerca das diferenças culturais. Portanto a antropologia é uma ciência ocidental e sua história resulta das experiências e interpretações históricas vividas e produzidas pelo ocidente”. Luiz Henrique Passador

Tendo como partida a ciência antropológica, o filme A Guerra do Fogo (La Guerre du feu, 81, FRA/CAN), de Jean Jacques Annaud, em quase duas horas de filme, consegue trazer uma narrativa da teoria da evolução humana. O filme se inicia há 80 mil anos atrás, na era cenozóica, período quaternário, época entre o Pleistoceno superior (150 mil anos) ao heloceno (10 mil anos), provavelmente no continente africano, com períodos de grande pluviosidade e vegetação rasteira (savanas), muitos dos animais foram extintos devido a mudanças climáticas, com períodos inter-glaciais a períodos de muita umidade, divisões tectônicas, havendo uma seleção natural dos animais que restaram (Teoria da seleção natural de Darwim, onde os mais fortes sobrevivem e os mais fracos perecem). No filme existe um grupo de ancestrais humanos que depende do fogo para proteção e aquecimento. Isso se caracteriza na primeira cena em que um grupo da família de hominídeos, gênero homo, espécie homo sapiens de Neanderthal, (Homo sapiens - homem sábio, homem racional), dorme numa caverna, seu habitat, todos juntos, enquanto alguns hominídeos machos ficam em volta da fogueira, se aquecendo e protegendo o grupo contra possíveis ataques de feras, retratado por lobos, e invasões de outros grupos. Características apresentadas pelo Homo Sapiens de Neanderthal: é relativamente pequeno, bípede, espinha dorsal curva (em forma de “S”), postura ereta, o ser humano apresenta locomoção bípede completa, este fato proporciona a utilização dos membros anteriores para a manipulação de objetos, por meio da oponibilidade dos polegares, possui crânio mesocéfalo, com cérebro volumoso, rosto proeminente a nariz largo e comprido, maxilar inferior largo, afundado e sem queixo, os homens de Neanderthal viviam em cavernas ou abrigos rochosos, usavam fogo para se aquecer, iluminar e cozinhar, a caça e coleta aram fontes de sua sobrevivência, aperfeiçoou as técnicas a os instrumentos, além da pedra lascada, fez uso intensivo de osso e madeira, era carnívoro e vegetariano, possuíam forma de linguagem, embora não houvesse grande número de sons, enterram seus mortos com todos seus pertences (elemento característico visto mais tarde pelas sociedades greco-romanas, “A Cidade Antiga, de Fustel de Coulanges”:

“Era costume, no fim da cerimônia fúnebre, chamar três vezes a alma do morto pelo nome do falecido, desejando-lhe vida feliz sobre a terra. Diziam-lhe três vezes: Passe bem. — E acrescentavam: Que a terra lhe seja leve— tanta era a certeza de que a criatura continuava a viver sobre a terra, conservando a sensação de bem- estar ou de sofrimento. No epitáfio declarava-se que o morto ali repousava, expressão que sobreviveu a essas crenças, e que de século em século chegou até nós. Nós usamos ainda este costume, embora ninguém hoje pense que um ser imortal possa repousar em um túmulo. Mas antigamente acreditava-se tão firmemente que ali vivia um homem, que nunca deixavam de enterrar junto com o corpo objetos que supunham ser-lhe necessários, como vestidos, vasos e armas. Derramavam-se vinho sobre o túmulo, para matar-lhe a sede; levavam-lhe alimentos, para saciar-lhe a fome. — Degolavam-se cavalos e escravos, pensando que essas criaturas, sepultadas juntamente com os mortos, prestar-lhes-iam serviços dentro do túmulo, como o haviam feito durante a vida.”). Fustel de Coulanges

O homem de Neanderthal desapareceu subitamente, por isso, é classificado como subespécie da espécie humana; determinarei o homem de Neanderthal como Grupo 1. O sexo entre esses hominídeos é realizado a base do instinto animal, a reprodução acontecia devido à necessidade desse instinto, mostrado no filme na cena em que a fêmea ao beber água no riacho é sucumbida ao desejo do macho, pois é esse o papel da fêmea, trocar sexo por subsistência, alimento. Em Seguida o Grupo 1 é atacado pelo que determinarei como Grupo 2, composto de pré-hominídeos (australopithecus) andavam lentamente, pareciam ter dificuldade em andar, se alimentava de sobras fáceis de carne, cena em que procuram sobras na fogueira, pois tinham dificuldade na caça, assemelham-se a macacos, corpo completamente coberto por pelos, ao contrário do Grupo 1, que se utiliza de peles de outros animais para aquecer-se; Esse ataque tem por objetivo o seqüestro das mulheres e alimentos. Após esse ataque o Grupo 1 se dispersa, onde um é atacado por lobos e o outro se isola numa ilha, onde os lobos não atravessavam por conta da água, lá eles se encontram, onde o fogo, armazenado numa espécie de lanterna, é apagado devido ao excesso de umidade, nesse trecho existe uma representação de reverência a um ancião, que seria chefe do Grupo 1, onde ordena que três dos hominídeos machos, pois as fêmeas não possuem valor, senão para o sexo, saiam à procura de fogo, pois não conseguiam produzi-lo, capturavam através de raios que atingiam as árvores, tem-se aí início do culto ao fogo, pois, além da dificuldade natural de se conseguir fogo, esse, o fogo, vinha dos céus. Dar-se início a jornada. È quando se começa a mostrar no filme a primeira relação de interação do meio-ambiente em relação a sobrevivência do homem, pois esse se utiliza do fator novo, para criar meios de sobreviver com a cooperação do meio em que vive (teoria sistêmica), é necessária criatividade para absorver e superar o novo. Em sua jornada em busca do fogo, encurralados por dentes de sabre, se alimentam das folhas da árvore em que se escondem, mostrando uma característica vegetariana, inovando para sobreviver, como também o filme mostra-os alimentando-se de ovos de pássaros, característica onívora. Mais adiante encontram um terceiro grupo que determinarei por Grupo 3, formados por Homo Eretus, características preponderantes: Rosto curvo, nariz chato, arcos superciliares bem marcados e abóboda craniana mais alta e larga, aparecem associados à pedra e armas, caçava e matava animais de grande portes (mamutes, rinocerontes, búfalos etc.), pode ter-se valido de tochas de fogo e armadilhas, para caçá-los; Inclusive na cena mostrada em que o Grupo 1 distrai os membros do Grupo 3 para roubar seu fogo, eles estão segurando imensos pedaços de ossos, parecidos com os do elefante (mamute), contudo apresentam uma característica distinta dos dois primeiros grupos, são canibais, se alimentam de carne humana, provavelmente por falta de carne eles adaptaram o seu gosto para sobreviverem. Nesse encontro com o Grupo 3 está preso para servir de alimento um casal com características próprias que determinarei por Grupo 4, Homo sapiens sapiens, que detém as seguintes propriedades: rosto reto, nariz desenvolvido mais fino, testa larga, mandíbula forte, estrutura robusta, esqueleto bem construído, possuía uma tecnologia material avançada, criativos intelectualmente, usavam a cerâmica, possuíam o poder da linguagem (“a linguagem é, com toda evidência, parte do patrimônio cultural de uma sociedade, é através dela que os indivíduos que compõem uma sociedade se expressam e expressam seus valores, suas preocupações, seus pensamentos. Por François Laplantine”), (“... não é a linguagem que é natural ao homem, mas a faculdade de construir uma língua, vale dizer: um sistema de signos distintos correspondentes a idéias distintas”, Ferdinand de Saussure); “Um sistema de comunicação, uma linguagem, foi paulatinamente elaborada. Ao longo do processo de evolução sobreviveram aqueles com maior capacidade de utilizar e desenvolver tais habilidades.” Silas Guerriero, enquanto os grupos anteriores se comunicavam basicamente por gestos, manuseavam ervas medicinais, fabricavam o fogo, possuíam ritos de acasalamento onde as mulheres gordas eram responsáveis pela procriação, por questão de sobrevivência e divindade, e construíam seu próprio habitat. Continuando no filme, o casal ao ver-se longe das atenções do Grupo 3, libertam-se, contudo só a fêmea segue viagem com o Grupo 1, interagindo com o trio, tentando comunicar-se. No percurso, cai casualmente um fruto ou pedra na cabeça num dos machos fazendo-a sorrir, eles olham o modo como reage e não compreendem essa expressão, pois, desconhecem o sorriso; Eles também não entendem porque ela os rechaça, com gritos, quanto a tentativa de se fazer sexo, pois, a única maneira que conhecem é a instintiva, diferente dela. O sexo no Grupo 4 é realizado com propriedades conceptivas, com posições sexuais apropriadas, distintas dos outros grupos. Seguindo viagem, com o fogo já conquistado, um dos machos neanderthal começa a se envolver afetivamente com a fêmea sapiens sapiens, criando um laço afetivo, fazendo com que ele depois da fuga da fêmea, inicie uma busca por ela, provocando estranhamento nos outros dois machos. Em sua busca ele encontra o restante dos membros do Grupo 4, sendo logo pressionado a copular com as mulheres, todas gordas, próprias para o acasalamento e concepção. O macho de Neanderthal começa a interagir com eles, sapiens sapiens, devido a essa interação, começa a observar toda relação do grupo com o seu meio, surge então o fato que mais o surpreendeu e o assustou, viu um dos homens ascender uma fogueira, criar fogo com suas próprias mãos, que para ele era até então divino, vindo dos céus. Seguindo sua viagem de volta para casa, com a mulher sapiens sapiens e o fogo, os três já apresentam características novas, como o sorriso, o afeto construído pelo macho em relação à mulher e um melhor convivência (aproveitamento) do meio ambiente em prol de sua sobrevivência (“... construção de uma melhor convivência com o meio ambiente.”, Silas Guerriero). Um característica mostrada no filme em que o Grupo dos Neanderthais aprenderam com os sapiens sapiens, foi na cena em enfrentam membros do mesmo grupo numa emboscada, vencendo a disputa pelo fogo, lanterna, com armas feitas com técnicas do Grupo 4, espécie de lanças feitas sem o uso do fogo. Ao chegar ao local onde o Grupo 1 habita, a felicidade com o fogo do restante do grupo, faz com que um deles apague-o despropositadamente, enfurecendo-os, porém o macho que tinha visto um dos membros do Grupo 4 ascender uma fogueira, criar fogo, tentou repetir o feito frustradamente, a mulher que os acompanhou, que conhecia a técnica tomou de suas mãos, fazendo ascender à fogueira, aos olhares atentos e admirados de todo o Grupo 1.
É certo que esses grupos, 1, 2, 3, 4, coabitaram no mesmo meio ambiente, sendo influenciados por ele, coexistindo em função do mesmo, utilizando-se dele para sobreviver, e com características diferentes. Eles resistiam em grupos às mudanças, fossem elas, climáticas, geológicas ou vegetativas, pois, só assim, sobreviveriam, no entanto, apenas o Grupo 4, Homo sapiens sapiens, sobreviveu no final, pois, era capaz de produzir cultura (“capacidade de raciocínio, abstração (seja o de criar idéias a arte), linguagem, construção e uso de ferramentas, postura ereta e plasticidade comportamental, entre outros.”; “...a cultura foi elemento importante na construção de uma convivência com o meio ambiente.”; “A capacidade de simbolização e criação cultural permitiu-nos constituir uma extraordinária característica: pensar no que não está presente, diante de nossos olhos. Essa capacidade de abstração e transcendência possibilitaram superar limitações impostas pela natureza.”, Silas Guerriero. O Homo Sapiens Sapiens deu origem a todas as sociedades modernas, diferenciadas apenas pela quantidade de melanina.
Um dos elementos introduzido no filme de Annoud, além da preocupação e transmitir com fidelidade como nossos ancestrais se comportavam, é o romance entre um macho da subespécie humana Homo de Neanderthal e a mulher da espécie Homo Sapiens Sapiens, essa interação fez com que, refletisse sobre o ponto de vista da antropologia psicológica (“... que consiste no estudo de processos e do funcionamento do psiquismo humano; é confrontado não a grupos sociais e sim a indivíduos. È a razão pela qual a dimensão psicológica é absolutamente indissociável do campo da antropologia, é parte integrante dele.” François Laplantine). A forma como o macho aos poucos vai percebendo a fêmea, construindo afeto, antes apenas influenciado pelo seu instinto, faz nos remeter a condição da natureza humana, onde por um lado Maquiável diz que: “o estado de natureza do homem é imutável, selvagem”, corroborado por Thomas Hobbes que expõe: “Homo Homini Lupus” (o homem é lobo do homem): o homem não é um ser naturalmente bom. São, na verdade, criaturas hostis e, sobretudo agressivas, movidas pó um instinto animal. Assim sendo, o outro é visto como objeto, seja ele de exploração da própria agressividade, de múltiplas formas de humilhação, e do sexo. A inclinação para agressão, detectada em nós mesmos e suposta no próximo, faz com que todos os nossos relacionamentos sejam sabotados. A sociedade, portanto, sob ameaça constante de ser desintegrada, já que o sentimento comum entre os seres humanos não é o bastante para conter as necessidades da natureza original agressiva. Essa condição muda com Rousseau que diz: “os homens vivem sadios, bons e felizes enquanto cuidam de sua própria sobrevivência”. August Comte, (pai do positivismo), posteriormente, pela perspectiva cognoscente, vai classificar a natureza do homem como selvagem, homem primitivo ou não evoluído, os homens adeptos as formas e práticas animistas, pois, não possuem a capacidade de produzir ciência. Charles Darwin por sua vez, utiliza-se da classificação comteana das formas de evolução do pensamento e aplica suas teorias biológicas ao entendimento das diferenças culturais, resultando no modelo teórico chamado de “darwinismo social”, esse modelo se torna questionável porque dá aspecto de supremacia entre as raças (etnias) e culturas sobre outras. Depois vieram outros teóricos, com outras teorias, que trataram de entender o estudo da cultura como objeto da antropologia, como: o relativismo cultural, funcionalismo, estruturalismo e a antropologia interpretativa ou interpretativismo.
O homem muda com as experiências absorvidas e sendo transformados pelo meio em que vivem, interagindo positivamente ou negativamente, como já vimos, nessas mudanças que ocorrem de acordo com a necessidade de um todo, porém pode partir do individual uma tomada de consciência que pode transformar toda uma sociedade, seja por idéias, arte, política e outros, inclusive alterando até a estrutura (meio) em que se vive. É desse ponto de partida que trago aqui essa vontade urgente de uma busca por um meio de coexistência entre os seres humanos e o meio ambiente, trazendo a tona essa problemática da necessidade ilimitada de consumo versus recursos escassos. Essa necessidade destrói inconseqüentemente o meio em que vivemos. Faltando um controle efetivo e políticas sérias que imponham coações eficazes em benefício de uma melhor qualidade de vida, visto que há uma relação latente de dependência entre humanos e o meio ambiente. Para que o futuro seja o retrato de uma sociedade ideal é preciso uma mudança, uma tomada de consciência coletiva, e urgente, pois já existem mudanças categóricas (alterações anormais no clima, vegetação, água, ar, entre outros) no sistema vivo que é nosso planeta. O autor Silas Guerriero retrata: “... o resultado da tendência inerente da vida para criar novidade, a qual pode ou não ser acompanhada de adaptações às condições ambientais em mudança. Daí decorre, inclusive, a possibilidade dessas transformações se darem em sentido negativo, comprometendo a sobrevivência da espécie.”. Continuaremos a cooperar e interagir de forma negativa, pondo em risco nosso espécie ?, Será o futuro da nossa humanidade, como espécie, seres geneticamente criados, melhorados e alterados em laboratório (eugênia) ?; Criará o homem uma forma de vida híbrida, superando nossa espécie ?. São discussões sérias em que a resposta está na forma de como lidamos com esses temas hoje. È urgente uma consciência ética, que provoque diretrizes que norteiem a conduta humana.
Flávio Fraga

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